POLÍCIA COMUNITÁRIA: O QUE O MODELO IMPLEMENTADO EM UMA CIDADE NO AGRESTE DE ALAGOAS REVELA A SEGURANÇA PÚBLICA?
DOI:
https://doi.org/10.32358/rpd.2018.v4.291Palavras-chave:
policiamento comunitário, segurança pública, comunidadeResumo
A pesquisa aborda o policiamento comunitário desenvolvido na Base da Polícia da Brisa do Lago, localizada na cidade de Arapiraca - Alagoas. Assumindo que a segurança pública é uma responsabilidade de todos (Estado e sociedade), o Policiamento Comunitário surge como uma filosofia em que a população e a polícia trabalham juntas para identificar e buscar soluções para resolver problemas comunitários, com ações essencialmente preventivas. O objetivo principal do estudo foi descrever como o policiamento comunitário foi desenvolvido pela Delegacia da Brisa do Lago no período de 2012 a 2016. Para tanto, adotou-se o estudo de caso como método e os dados foram coletados por meio de um instrumento de campo. pesquisa que incluiu visitas ao 3º Batalhão de Polícia Militar, à Prefeitura Municipal de Arapiraca e ao Conjunto Brisa do Lago, além de entrevistas com moradores, policiais e líderes comunitários que interagiram direta e indiretamente na Base. Como resultados, evidenciou-se que a baixa efetividade em cobrir toda a área da cidade de Arapiraca foi determinante para o fechamento da Base, bem como a alta rotatividade de policiais e o descumprimento das diretrizes estabelecidas pelo policial comunitário. modelo. Em relação ao policiamento comunitário, foi possível observar que sua filosofia não foi efetivamente implementada naquela comunidade, sendo essencial a preparação de todos os agentes envolvidos nesse processo.Downloads
Referências
AMORIM, C. S. de. O policiamento comunitário como alternativa de redução do crime e da violência no município de Arapiraca/AL. 21 f. Monografia - Academia de Polícia Militar Senador Arnon De Mello, Polícia Militar de Alagoas. 2015
BEATO FILHO, C. C. Políticas públicas de segurança e a questão policial. São Paulo em Perspectiva, [s.l.], v. 13, n. 4, p.13-27, dez. 1999
BEATO FILHO, C.; RIBEIRO, L. Discutindo a reforma das polícias no Brasil. Civitas - Revista de Ciências Sociais, [s.l.], v. 16, n. 4, p.174-204, 31 dez 2016.
BEATO, C.; MARINHO, K. R. L. Estratégia Organizacional de Policiamento Comunitário nas Cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Vitória. Brasília: SENASP/MJ. 2006
BOETTKE, Peter J.; LEMKE, Jayme S.; PALAGASHVILI, Liya. Re-evaluating community policing in a polycentric system. Journal Of Institutional Economics, [s.l.], v. 12, n. 02, p.305-325, 10 set. 2015. Cambridge University Press (CUP).
BRASIL, Constituição 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado. 1988
BRASIL, Presidência da República. Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009. Disponível em: . Acesso em 25 de out de 2016.
BRASIL, Presidência da República. Lei nº 7.026 de 26 de Junho de 2015. Disponível em: <http://zip.net/blts38>. Acesso em 03 de set de 2016.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
CROWL, Justin N. The effect of community policing on fear and crime reduction, police legitimacy and job satisfaction: an empirical review of the evidence. Police Practice And Research, [s.l.], v. 18, n. 5, p.449-462, 14 mar. 2017. Informa UK Limited.
DEMIRKOL, Ismail Cenk; NALLA, Mahesh K. How does police culture shape officers’ support for community policing? Policing And Society, [s.l.], p.1-14, 3 dez. 2017. Informa UK Limited.
GIDDENS, A. Sociologia. – 4. ed. – Porto Alegre: Artmed. 2005.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa / Antonio Carlos Gil. – 5. ed. – São Paulo: Atlas. 2010.
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Nota Técnica Atlas da Violência 2016 – Ipea e FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) nº 17, por Daniel Cerqueira, Helder Ferreira, Renato Sergio de Lima, Samira Bueno, Olaya Hanashiro, Filipe Batista e Patricia Nicolato – Brasília, março de 2016. Disponível em: <http://zip.net/brtFB5>. Acesso em: 25 de fev de 2017.
LAKATOS, E.M., MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas. 2003
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa: Planejamento e execução de pesquisas, amostras e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas. 2015
MENDONÇA, R. F. e SANTOS, D. B. A Cooperação na Deliberação Pública: Um Estudo de Caso sobre o Referendo da Proibição da Comercialização de Armas de Fogo no Brasil. / Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 52, n. 2, p. 507 a 542. 2009
MESQUITA NETO, P. de. Policiamento comunitário e prevenção do crime: a visão dos coronéis da Polícia Militar. São Paulo em Perspectiva, [s.l.], v. 18, n. 1, p.103-110. 2004
NEV/USP - NÚCLEO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Manual de Policiamento Comunitário: Polícia e Comunidade na Construção da Segurança. 2009 Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/dados/manuais/dh/manual_policiamento_comunitario.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2017.
RIBEIRO, Ludmila. O nascimento da polícia moderna: uma análise dos programas de policiamento comunitário implementados na cidade do Rio de Janeiro (1983-2012). Análise Social, Lisboa, v. 49, n. 211, p.272-309, abr./jun. 2014.
SANTOS, J. V. T. dos et al. Programa de Polícia Comunitária no Brasil: avaliação de propostas de políticas públicas de segurança. 2013 Disponível em: . Acesso em: 20 fev. 2017.
SECCHI, L. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos / Leonardo Secchi. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning. 2013
SENASP - SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária / Grupo de Trabalho, Portaria SENASP nº 002/2007 – Brasília – DF: Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP. 2007
SENTO-SÉ, João Trajano et al. Os conselhos comunitários de segurança pública: dinâmicas e avanços de uma política pública no rio de janeiro / The Community Advice for Public Safety. Geo Uerj, [s.l.], n. 31, p.151-176, 30 dez. 2017
SOARES, L. E. A política nacional de segurança pública: histórico, dilemas e perspectivas. Por Luiz Eduardo Soares. Estudos Avançados 21 (61). 2007 Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n61/a06v2161.pdf->. Acesso em: 07 de mar de 2015.
SOARES, L. E. “Segurança Municipal no Brasil – Sugestões para uma Agenda Mínima”. In João Trajano Sento-Sé (org.). Prevenção da Violência: o papel das cidades. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2005
SOUZA NETO, C. P. de. A segurança pública na Constituição Federal de 1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas e órgãos de execução das políticas. Atualidades jurídicas, Brasília, n. 1, mar./abr., p. 47–48. 2008
STEIN, Rachel E.; GRIFFITH, Candace. Resident and Police Perceptions of the Neighborhood. Criminal Justice Policy Review, [s.l.], v. 28, n. 2, p.139-154, 25 jul. 2016. SAGE Publications.
VIERA, M. M. F. Por uma boa pesquisa (qualitativa) em administração. In: VIERA, M. M. F.; ZOUAIN, D. M. (Org.). Pesquisa Qualitativa em Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p. 13-28.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2016: homicídios por arma de fogo. Disponível em: <http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2016/Mapa2016_armas_web.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2017.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman. 2010
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico é licenciado sob uma Licença Creative Commons BY - Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC BY 4.0). Autores e co-autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação, sem retribuição financeira para os autores, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação.
Os artigos são livres de usar, com suas próprias atribuições de licença CC BY.
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Os artigos aqui publicados são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), observando a Lei de Direito Autoral n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Salientamos que cabe ao periódico apenas a responsabilidade da avaliação dos artigos, sendo um veículo de publicação científica.
O editor possui o direito de rejeitar os artigos que no processo de avaliação tenham sido detectados indícios de plágio. Os artigos que tenham sido detectados indícios de plágio posteriormente à publicação, serão excluídos da edição. E a indicação do problema será informada no lugar do texto, mantendo-se a mesma quantidade de paginas.
Esta Revista adota os princípios de conduta ética do Comitê de Ética na Publicação (COPE) da qualidade internacional, bem como os parâmetros de Integridade na Atividade Científica indicados pelo SCOPUS e SCIELO.