Políticas públicas para a sustentabilidade em ambientes de montanha no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.32358/rpd.2015.v1.74Palavras-chave:
ação pública, desenvolvimento rural sustentável, pagamento por serviços ambientaisResumo
As montanhas apresentam grande diversidade biológica, essencial para a sobrevivência do ecossistema no planeta, e fornecem recursos fundamentais para o ser humano, como a água e depósitos genéticos para a segurança alimentar. O Brasil encontra-se entre os países que apresentam maior área de montanhas do planeta; sendo signatário de documentos elaborados em convenções ambientais globais, em que o fomento a sustentabilidade em ambientes de montanha é firmado; tendo-se como exemplos, a Agenda 21 Global; Plano de Aplicação das Decisões da Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável; e O Futuro que Queremos. O objetivo deste trabalho é analisar se as ações públicas brasileiras promovem a sustentabilidade em ambientes de montanha, conforme preconizado nas convenções ambientais globais. Isto foi realizado através de levantamento e análise crítica de dados secundários, onde se observou que o governo brasileiro não apresenta ações públicas onde o tema focal sejam as montanhas, verificando-se apenas temas transversais a nível federal, regional e estadual que atingem esses ambientes. Dentre essas políticas, destaca-se o pagamento por serviços ambientais que poderá ser base de reflexão para ações públicas que fomentem o desenvolvimento rural sustentável nos ambientes de montanha brasileiros.Downloads
Referências
ALIANZA PARA LAS MONTAÑAS. Alianza para las Montañas. 2010. Disponível em < http://www.alianzamontanas.org/default.asp> Acesso em: 20 abril de 2010.
ALTIERI, Miguel A. Agroecologia: bases científicas para una agricultura sustentable. 4ª ed. Montevideo. 1999. 338p.
ANA. 2013. Programa Produtor de Água. Disponível em: http://produtordeagua.ana.gov.br// Acesso em: 28 jun. 2013.
ASSIS, Renato Linhares de. Agroecologia no Brasil: análise do processo de difusão e perspectivas. 2002. 150 p. Tese (Doutorado em Economia Aplicada), Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
BOEIRA, Sérgio Luís. Resenha de Saber Ambiental de Henrique Leff. In: Ambiente & Sociedade, vol. V, nº 10, 2002. p.1-4. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/asoc/n10/16891.pdf > Acesso em: 26 ago. 2011.
BRAILOVSKY, Antonio Helio; FOGUELMAN, Dina. Memória verde. História Ecológica de la Argentina. Editorial Sudamericana. Buenos Aires. 7ª Edición. Septiembre de 1997. 375p.
BRASIL. Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm>. Acesso em: 25 ago. 2012.
CARNEIRO, Maria José. Ruralidade: novas identidades em construção. In: Estudos Sociedade e Agricultura (UFRRJ), Rio de Janeiro, v. 11, p. 53-75, 1998. Disponível em: http://r1.ufrrj.br/esa/art/199810-053-075.pdf Acesso em: 28 jun. 2013.
CBH MACAÉ E OSTRAS, 2012. Programa Produtor de Água CBH-Macaé e das Ostras. Disponível em: <http://www.cbhmacaeostras.eco.br/>. Acesso em: 6 set. 2013.
CDB. COP 7Decision VII/27 - Mountain biological diversity. Kuala Lumpur, Malasia, 09 - 20 de fevereiro de 2004. Disponível em <http://www.cbd.int/decision/cop/?id=7764 > Acesso em: 18 dez. 2010.
CNUMAD. O futuro que queremos. 2012. Disponível em: <http://www.rets.org.br/sites/default/files/O-Futuro-que-queremos1.pdf >. Acesso em: 28 jun. 2013.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso Futuro Comum. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991.
COMISSÃO NACIONAL DE BIODIVERSIDADE. Deliberação n° 57 de 28 de outubro de 2008. Dispõe sobre a criação da Câmara Técnica Temporária sobre Ecossistemas de Montanha. Disponível em <http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=15&idConteudo=678> Acesso em: 14 out. 2010.
COMITÊ DE BACIA LAGOS SÃO JOÃO. Fundo de boas práticas socioambientais em microbacias – Funboas. 2010. Disponível em:<http://www.lagossaojoao.org.br/FUNBOAS.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2012.
CORREA, Heitor Delgado. A singularidade do ambiente e os fundamentos jurídicos e extrajurídicos para a construção de uma justiça ambiental. 2008. 156 p. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro.
CRESCENTE FÉRTIL. As Montanhas no Território Brasileiro. 2002. Disponível em <http://www.montanhasbrasil.org.br/territorio_mont.htm > Acesso em: 10 mai. 2010.
DIÁRIO DE TERESÓPOLIS, O. Palestras sobre pagamento por serviços ambientais. Disponível em: <http://www.odiariodeteresopolis.com.br/leitura_noticias.asp?IdNoticia=15801>. Acesso em: 03 dez. 2010.
DULLEY, Richard Domingues. Noção de natureza, ambiente, meio ambiente, recursos ambientais e recursos naturais. In: Agricultura em São Paulo, São Paulo, v. 51, n. 2, p. 15-26, 2004. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/publicacoes/pdf/asp-2-04-2.pdf Acesso em: 26 set. 2011.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Lei no 8.960/08 de 18 de julho de 2008. Dispõe sobre a criação do Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo - Fundágua. Vitória- ES: Governo do Estado, 2008.
ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Decreto no42.029 de 15 de junho de 2011. Regulamenta o Programa Estadual de Conservação e Revitalização de Recursos Hídricos – PROHIDRO, previsto nos artigos 5º e 11 da Lei no3.239, de 2 de agosto de 1999, que instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6a ed. – 3a reimpr. – São Paulo: Ed. Atlas, 2010. 200p.
JBRJ. CONABIO aprova Programa de Conservação de Ecossistemas de Montanhas. 2011. Disponível em: < http://www.jbrj.gov.br/materias/11_03_2011%281%29.html > Acesso em: 21 mai. 2011.
KAPOS et al. Defining mountain regions. 2000. In: UNEP-WCMC (World Conservation Monitoring Centre), 2002: Mountain Watch: environmental change &sustainable development in mountains. Cambridge, UK. Disponível em www.unep-wcmc.org/mountains/mountain_watch/pdfs/ Acesso em: 17 ago. 2010.
KAPOS et al. Defining mountains by topography only. 2000 In: Millenium Ecosystem Assessment. Ecosystems and human well-being: Mountain Systems. Washington, DC: Island Press and World Resources Institute, 2005. Disponível em <http://www.fao.org/forestry/12480-0ace03c1c3b00d717817f18379f9414e.pdf> Acesso em: 28 ago. 2010.
KFOURI, A.; FAVERO, F. Projeto Conservador das Águas Passo a Passo: Uma Descrição Didática sobre o Desenvolvimento da Primeira Experiência de Pagamento por uma Prefeitura Municipal no Brasil/Brasília, DF: The Nature Conservancy do Brasil, 2011. 60 p.
LAGO, André Aranha Corrêa do. Estocolmo, Rio e Joanesburgo. O Brasil e as três conferências ambientais das Nações Unidas. Fundação Alexandre de Gusmão. Brasília. 2006. 274p.
MARTINELLI, Gustavo. Mountain Biodiversity in Brazil. In: Revista Brasileira de Botânica. V.30, n.4, p.587-597, out.-dez. 2007. Disponível em Acesso em: 09 nov. 2009.
MATIAS, Hugo Juliano Duarte; PINHEIRO, José Queiroz. Desenvolvimento sustentável: Um discurso sobre a relação entre desenvolvimento e natureza. In: Psicologia & Sociedade; 20 (1): 134-143, 2008.
MESSERLI, Bruno; DROZ, Marcel; GERMANN, Peter. Las montañas torres de água. In: Revista Ciencias. Nº 72, octubre – diciembre 2003 p.4 – 13. Facultad de Ciencias de laUniversidad Nacional Autónoma de México. Disponível em < http://www.ejournal.unam.mx/contenido.html?r=5&v=S/V&n=072 >Acesso em: 29 jul. 2011.
MILLENIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT. Ecosystems and human well-being: Mountain Systems. Washington, DC: Island Press and World Resources Institute, 2005. Disponível em <http://www.fao.org/forestry/12480-0ace03c1c3b00d717817f18379f9414e.pdf> Acesso em: 28ago. 2010.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Convenção da Diversidade Biológica. 2013. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica Acesso em: 28 jun. 2013.
MULLER, Pierre; SUREL, Yves. A análise das políticas públicas. 2ª edição. Pelotas: Educat, 2004. 156p.
NAÇÕES UNIDAS. Agenda 21. 1992: Rio de Janeiro. Disponível em <http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=575&idMenu=9065 > Acesso em: 25 ago. 2010.
NAÇÕES UNIDAS. Desarrollo sostenible de la montaña. Asamblea General. A/60/309. 29 de agosto de 2005. Disponível em < http://daccess-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N05/475/13/PDF/N0547513.pdf?OpenElement> Acesso em: 02 jul. 2010.
NAÇÕES UNIDAS. Desarrollo sostenible: desarrollo sostenible de las regiones montañosas. Asamblea General. A/C.2/62/L.18/Rev.1. 5 de diciembre de 2007. Disponível em <http://daccess-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/LTD/N07/628/63/PDF/N0762863.pdf?OpenElement> Acesso em: 02 jul. 2010.
NAÇÕES UNIDAS. Desarrollo sostenible de las regiones montañosas. Asamblea General. A/64/222. 3 de agosto de 2009. Disponível em <http://www.un.org/es/comun/docs/?symbol=A/64/222 > Acesso em: 02 jul. 2010.
NAÇÕES UNIDAS. Desarrollo sostenible: desarrollo sostenible de las regiones montañosas.Sexagésimo sexto período de sesiones. Tema 19 idel programa provisional: 11 de agosto de 2011. Disponível em: < http://www.yachaywasi-ngo.org/SG_MTN11s.pdf> Acesso em: 17 fev. 2012.
PNUD. Objetivos de desenvolvimento do milênio. 2013. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/ODM.aspx>. Acesso em: 28 jun. 2013.
PRICE, Martin. Las montañas: ecosistema de importancia mundial. Unasylva. nº195. Vol. 49. 1998. Disponível em <http://www.fao.org/docrep/w9300s/w9300s03.htm#TopOfPage> Acesso em: 27 nov. 2010.
PRICE, Martin. MESSERLI, Bruno. Fostering sustainable mountain development: from Rio to the International Year of Mountains, and beyond. In: Unasylva no208. Ano 2002. Disponível em: http://www.fao.org/docrep/004/y3549e/y3549e05.htm Acesso em: 28 jun. 2013.
ROMANO, Jorge O. Redes de política pública na trajetória do setor público agrícola brasileiro. In: BONNAL, Philippe; LEITE, Sergio Pereira (Org.). Análise comparada de políticas agrícolas: uma agenda em transformação. Rio de Janeiro: Mauad X. 2011. 392 p.
SACHS, Ignacy. Estratégias de transição para o século XXI. In: BURSZTYN, Marcel (org.). Para pensar o desenvolvimento sustentável. Editora Brasiliense. 161p. 1993.
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. 2012. O que é Agenda 21? Disponível em: <http://www.ambiente.sp.gov.br/agenda21.php > Acesso em: 12 jan. 2012.
UNEP-WCMC (World Conservation Monitoring Centre), 2002: Mountain Watch: environmental change & sustainable development in mountains. Cambridge, UK. Disponível em www.unep-wcmc.org/mountains/mountain_watch/pdfs/ Acesso em: 17 ago. 2010.
VEIGA, José Eli da. O Prelúdio do Desenvolvimento Sustentável. In: Centro Acadêmico da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade da USP (org.). Economia Brasileira: Perspectivas do Desenvolvimento, pp. 243-266 (2005). Disponível em: <http://www.faccamp.br/apoio/MauricioErnica/Jose_Eli_da_Veiga_Preludio_do_desenvolvimento_sustentavel.pdf>. Acesso em: 17 fev. 2012.
VILAR, Mariana Barbosa. Valoração econômica de serviços ambientais em propriedades rurais. 2009. 146 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. Disponível em: <http://alexandria.cpd.ufv.br:8000/teses/ciencia%20florestal/2009/220743f.pdf > Acesso em: 15 set. 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico é licenciado sob uma Licença Creative Commons BY - Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC BY 4.0). Autores e co-autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação, sem retribuição financeira para os autores, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação.
Os artigos são livres de usar, com suas próprias atribuições de licença CC BY.
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Os artigos aqui publicados são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), observando a Lei de Direito Autoral n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Salientamos que cabe ao periódico apenas a responsabilidade da avaliação dos artigos, sendo um veículo de publicação científica.
O editor possui o direito de rejeitar os artigos que no processo de avaliação tenham sido detectados indícios de plágio. Os artigos que tenham sido detectados indícios de plágio posteriormente à publicação, serão excluídos da edição. E a indicação do problema será informada no lugar do texto, mantendo-se a mesma quantidade de paginas.
Esta Revista adota os princípios de conduta ética do Comitê de Ética na Publicação (COPE) da qualidade internacional, bem como os parâmetros de Integridade na Atividade Científica indicados pelo SCOPUS e SCIELO.