CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE QUALIDADE TQM/SEIS SIGMA: UM ESTUDO EM FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.32358/rpd.2019.v5.348Palavras-chave:
qualidade, práticas de qualidade, TQM, Seis Sigma, cultura organizacionalResumo
Este trabalho apresenta uma análise estratégica da importância da relação existente entre a cultura organizacional e a implementação dos programas de gestão da qualidade, tais como Total Quality Management (TQM) e o Seis Sigma. Para tanto, realizou-se um estudo exploratório-descritivo e correlacional em uma amostra composta por quarenta farmácias de manipulação do estado do Rio Grande do Norte. A coleta dos dados identificou características das empresas e o nível de utilização das práticas de qualidade, que foram por sua vez identificadas na literatura. Para avaliação da cultura organizacional utilizou-se o Modelo dos Valores Competitivos, considerado um instrumento de alto valor acadêmico e profissional. Os resultados revelam os diferentes efeitos dos tipos de cultura na adoção de práticas de qualidade e sugerem que as Culturas Clã e Inovadora são as que melhor representam o perfil cultural das farmácias e ainda estão mais associadas de forma positiva às práticas de qualidade que as Culturas Mercado e Hierárquica. O entendimento das vantagens de cada tipo de cultura deve ajudar os gestores para que alcancem com eficácia a implementação de um programa de gestão da qualidade a partir de uma visão holística da gestão da qualidade e cultura.Downloads
Referências
ANFARMAG. Associação Nacional Dos Farmacêuticos Magistrais. Relação das Farmácias de Manipulação < Avaliable in <http://www.anfarmag.com.br> Access in 15/07/2017.
ANTONY, J. Some pros and cons of six sigma: an academic perspective. The TQM Magazine. v.16, n. 4, p. 303-306, 2004.
ANTONY, J.; BANUELAS, R. Key ingredients for the effective implementation of six sigma program. Measuring Business Excellence. V.6, n.4, p. 20-27, 2002.
ARIENTE, M.; CASADEI, M.A.; GIULIANI, A.C.; SPERS, E.E.; PIZZINATTO, N.K. Processo de mudança organizacional: estudo de caso do Seis Sigma. Revista da FAE, v.8, n.1, p. 81-92, 2005.
BEER, M. Why total quality management programs do not persist: the role of management quality and implications for leading a TQM transformation. Decision Sciences. v.34, p. 623–642, 2003.
BEHESHTI, H. M.; LOLLAR, J. G. An empirical study of US SMEs using TQM. Total Quality Management & Business Excellence, v.14, n.8, p.839-847, 2003.
BHOTE, K.R. The Power of Ultimate Six Sigma: Keki Bhote’s Proven System for Moving Beyond Quality Excellence to Total Business Excellence. AMACOM American Management Association, New York, 2003.
BREYFOGLE III; F.W., CUPELLO, J.M.; MEADOWS, B. Managing Six Sigma: A Practical Guide to Understanding, Assessing, and Implementing the Strategy that Yields Bottom-line Success. Wiley, Danvers, 2001.
BONFILIO, R.; EMERICK, G. L.; JÚNIOR, A. N.; SALGADO, H. R. N. Farmácia magistral: sua importância e seu perfil de qualidade. Revista Baiana de Saúde Pública, Salvador, v.34, n. 3, p. 653-664, 2010.
CAMERON, K.S.; FREEMAN, S.J. Cultural congruence, strength, and type: relationships to effectiveness. Research in Organizational Change and Development. v.5, p.23–58, 1991.
CAMERON, K. S.; QUINN, R. E. Diagnosing and changing organizational culture. San Francisco: Jossey-Bass, 2006.
CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
CORONADO, R. B.; ANTONY, J. Critical success factors for the successful implementation of six sigma projects in organizations. The TQM Magazine. v.14, n. 2, p. 92-99, 2002.
DAHLGAARD, J.J.; DAHLGAARD-PARK, S.M. Lean production, six sigma quality, TQM and company culture. The TQM Magazine, v.18, n.3, p.263-281, 2006.
DAVISON, L.; AL-SHAGHANA. The link between six sigma and quality culture: an empirical study. Total quality management e business excellence, v.18, n.3, p.246-265, 2007.
DEAN, H.W.; BOWEN, D.E. Management theory and total quality: improving research and practice through theory development. Academy of Management Review. v.19, n. 3, p. 392–418, 1994.
DEMING, W. E. Qualidade: A Revolução da Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1990.
DOUGLAS, J. et al. The role of organisational climate in readiness for change to Lean Six Sigma. The TQM Journal, v. 29, n. 5, p. 666-676, 2017.
ECKES, G. A Revolução Seis Sigma. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
EVERITT, B. An R and S-PLUS® companion to multivariate analysis. London: Springer, 2005.
FLYNN, B.; SCHROEDER, R.; SAKAKIBARA, S. The impact of quality management practices on performance and competitive advantage. Decision Sciences, v.26, n.5, p.659–692, 1995.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
HOFSTEDE, G. et al. Measuring organizational culture: a qualitative and quantitative study across twenty cases. Administrative Science Quarterly, v.35, n. 2, p. 286-316, 1990.
HELLSTEN, U.; KLEFSJÖ, B. TQM as a Management system consisting of values, techniques and tools. The TQM Magazine, v.12, n. 4, p. 238-244, 2000.
KAYNAK, H. The relationship between total quality management practices and their effects on firm performance. Journal of Operations Management. v.31, p. 1–31, 2003.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, Marina Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos pesquisa bilbiográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
LINDERMAN, K.; SCHROEDER, R.G.; CHOO, A.S. Six Sigma: the role of goals in improvement teams. Journal of Operations Management. v.24, n. 6, p. 779–790, 2006.
MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
MAUL, R.; BROWN, P.; CLIFFE, R. Organizational culture and quality improvement. International Journal of Operations e Production Management. v.21, n. 3, p. 302-326, 2001.
MTE - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, Anuário Estatístico da RAIS. 2006. Avaliable in: <http://www.mte.gov.br/Menu/MercadodeTrabalho/conteudo/estatisticas.asp >. Access in 13/06/2017.
NAOR, M.; GOLDSTEIN, S.M.; LINDERMAN, K.W.; SCHROEDER, R.G. The role of culture as driver of quality management and performance: infrastructure versus core quality practices. Decision Sciences, v.39, n. 4, p. 671–702, 2008.
PANDE, P. S.; NEUMAN, R.; CAVANAGH, R. R. Estratégia Seis Sigma: como a GE, Motorola e outras grandes empresas estão aguçando seu desempenho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
PINHO, C. T. A. Seis Sigma: Uma proposta para implementação da metodologia em pequenas e médias empresas. 105 p. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN, 2005.
PINTO, S. H. B.; CARVALHO, M. M.; LEE, L. L. Programa Seis Sigma: Aspectos sinérgicos com outras abordagens de gerenciamento de qualidade. Revista Produção Online, v.9, n. 1, p.170-193, 2009.
PINTO, S. H. B.; CARVALHO, M. M; LEE, L. L. Implementação de programas de qualidade: um survey em empresas de grande porte no Brasil. Gestão & Produção. v.13, n. 2, p.191-203, 2006.
PRAJOGO, D.I.; MCDERMOTT, D.M. The relationship between total quality management practices and organizational culture. International Journal of Operations & Production Management, v.25, n.11, p.1101–1122, 2005.
REBELATO, M. G.; OLIVEIRA, I. S. Um estudo comparativo entre a gestão da qualidade total (TQM), o Seis Sigma e a ISO 9000. Revista Gestão Industrial, v.2, n.1, p. 106-116, 2006.
REBELATO, M. G.; RODRUIGUES, A. M. Seis Sigma: uma derivação do TQM? Revista Gestão Industrial, v.6, n.1, p. 30-49, 2010.
REQUEIJO, J. F. G. ; ABREU, A. ; CALADO, J.; & DIAS, A. Six Sigma Business Scorecard Approach to support maintenance projects in a collaborative context. Revista Produção e Desenvolvimento, v. 4, n. 1, p. 82-97, 2018.
ROTONDARO, R. G. Seis Sigma: Estratégia Gerencial para a Melhoria de Processos, Produtos e Serviços. São Paulo: Atlas, 2002.
SAMPIERI. R. H. et al. Metodología de la investigación, McGraw-Hill. México, p. 251, 1991.
SANTOS, N. M. B. F. Cultura organizacional e desempenho: pesquisa, teoria e aplicação. Lorena: Stiliano, 2000.
SCHROEDER, R.G.; LINDERMAN, K.; LIEDTKE, C.; CHOO, A.S., Six Sigma: definition and underlying theory. Journal of Operations Management, v.26, n.4, p.536–554, 2008.
SHARMA, R. K.; SHARMA, R. G. Integrating Six Sigma Culture and TPM Framework to Improve Manufacturing in SMEs. Quality and Realibility Engineering International, v.30, p.745-765, 2014.
SREEDHARAN, R V.; SUNDER, V. M. Critical success factors of TQM, Six Sigma, Lean and Lean Six Sigma: a literature review and key findings. Benchmarking: An International Journal, n. just-accepted, p. 00-00, 2018.
WATSON, G.H. Seis Sigma no gerenciamento dos processos e negócios das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
WATSON, M. A.; GRYNA, F. M. Quality Culture in Small Business: Four Case Studies. Quality Progress, v.34, n.1, p.41-48, 2006.
WERKEMA, M. C. Criando A Cultura Seis Sigma. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
WESSEL, G.; BURCHER, P. Six Sigma for Small and Medium-sized Enterprises. The TQM Magazine, v.16, n.4, p.264-272, 2004.
ZU, X.; FRENDEDALL, L. D.; ROBBINS T. L. Organizational Culture and Quality Practices in Six Sigma. The 2006 Annual Meeting of the Academy of Management, 2006.
ZU, X.; FRENDEDALL, L. D; ROBBINS T. L. Mapping the critical links between organizational culture and TQM/Six Sigma practices. International Journal of Production Economics, v.123, p. 86-106, 2010.
YEUNG, K.O., BROCKBANK, J.W., ULRICH, D.O. Organizational cultures and human resource practices: an empirical assessment. Research in Organizational Change and Development, v.5, p.59-82, 1991.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico é licenciado sob uma Licença Creative Commons BY - Atribuição 4.0 Não Adaptada (CC BY 4.0). Autores e co-autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação, sem retribuição financeira para os autores, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação.
Os artigos são livres de usar, com suas próprias atribuições de licença CC BY.
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Os artigos aqui publicados são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), observando a Lei de Direito Autoral n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Salientamos que cabe ao periódico apenas a responsabilidade da avaliação dos artigos, sendo um veículo de publicação científica.
O editor possui o direito de rejeitar os artigos que no processo de avaliação tenham sido detectados indícios de plágio. Os artigos que tenham sido detectados indícios de plágio posteriormente à publicação, serão excluídos da edição. E a indicação do problema será informada no lugar do texto, mantendo-se a mesma quantidade de paginas.
Esta Revista adota os princípios de conduta ética do Comitê de Ética na Publicação (COPE) da qualidade internacional, bem como os parâmetros de Integridade na Atividade Científica indicados pelo SCOPUS e SCIELO.