Experiências, memórias e metáforas

as Olimpíadas de Filosofia do Rio de Janeiro nos relatos de um professor e de uma aluna

Resumen

O presente texto parte de dois relatos de experiência a respeito da Olimpíada de Filosofia do Rio de Janeiro, para realizar reflexões a respeito do evento, bem como das concepções e das práticas que vieram a constituí-lo de maneira tão singular. Nesses relatos articulam-se memórias e experiências de um professor e de uma aluna de uma escola localizada no bairro de Maria da Graça, na região chamada Leopoldina, subúrbio do Rio de Janeiro. As narrativas e reflexões entretecidas nos testemunhos apresentados levam à discussão sobre os afetos mobilizados pelas relações de ensino e aprendizagem da Filosofia, sobre o sentido do nome atribuído ao evento, bem como sobre os efeitos e limites da forma competitiva e classificatória de eventos acadêmicos e escolares que vêm sendo organizados nas mais diversas áreas como “Olimpíadas de Conhecimento”. Na discussão, buscou-se dialogar com as concepções de “metáfora” de Aristóteles e de Paul Ricoeur, bem como com a obra de Lara Sayão dedicada às Olimpíadas de Filosofia em suas mais diversas formas empíricas.